O uso de extratos vegetais tem sido amplamente estudado como controle biológico alternativo de doenças de plantas, especialmente aquelas causadas por fungos patogênicos. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antifúngica in vitro do extrato bruto etanólico obtido de folhas de algodão (Gossypium arboreum L., Malvaceae) em diferentes concentrações sob o desenvolvimento micelial do fungo fitopatogênico Lasiodiplodia theobromae. O ensaio foi conduzido nos Laboratórios de Microbiologia/Fitopatologia/Genética e de Cultivo/Isolamento da Universidade do Estado do Amapá/UEAP, em Macapá, Amapá. Em um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), seis tratamentos e seis repetições foram organizados: T1 (controle negativo) – BDA (Batata-Dextrose-Ágar) + 0 mg.mL-1 (extrato foliar); T2 - BDA + 5 mg.mL-1 (extrato foliar); T3 - BDA + 10 mg.mL-1 (extrato foliar); T4 - BDA + 20 mg.mL-1 (extrato foliar); T5 - BDA + 2,5 mL de etanol e T6 (controle positivo) - BDA + 2,5 mL de fungicida comercial (Derosal®). As variáveis inibição do crescimento micelial (ICM), índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM) e área abaixo da curva de cobertura de crescimento micelial (AACCM) foram calculadas ao final do experimento. Os resultados mostraram que o extrato bruto etanólico das folhas de G. arboreum não apresentou atividade antifúngica in vitro frente ao fungo L. theobromae nas concentrações testadas. O extrato induziu o crescimento micelial do fungo, especialmente na concentração 10 mg.mL-1, a qual apresentou condição ideal para o desenvolvimento das estruturas do fungo.