Incógnitos
Revelando os incógnitos: epífitas, insetos e fungos associados à flora arbórea de várzea na Amazônia oriental
Descrição
Na floresta de várzea do estuário do rio Amazonas e do Escudo das Guianas (Amazônia oriental), os ecossistemas e interações natureza-sociedade são regidos pelas marés que inundam as florestas diariamente, tornando a região sensível à elevação do Atlântico e ao derramamento de petróleo. Neste projeto serão estudados a estrutura arbórea e elementos bióticos incógnitos pouco acessados como epífitas, insetos e fungos presentes nas florestas de várzea estuarina, associados à cadeia de valor do açaí, andiroba, pracaxi, murumuru e ucuúba. Essas espécies ocorrem conjuntamente e são coletadas por famílias de comunidades tradicionais ribeirinhas protagonistas dessas cadeias da sociobiodiversidade, que participarão ativamente nas expedições científicas e redes sociotécnicas, como coprodutores da pesquisa. O projeto adotará uma abordagem multidisciplinar e equipes do AP, PA, RJ e RN, integrando métodos de (1) inventário arbóreo, levantamento de epífitas e hemiepífitas; (2) estudos detalhados dos insetos (a) polinizadores, (b) broqueadores de sementes, (c) moscas-das-frutas, (d) barbeiros em frutos e cachos; (3) investigação de fungos em propágulos. O projeto contribuirá com a formação de pós graduandos, engajando estudantes e pesquisadores institucionais e locais PIQCT, especialmente mulheres e jovens, com treinamentos em coleta dos espécimes e monitoramento. É fundamental não apenas conhecer quais espécies ocorrem, mas como elas impactam os sistemas socioecológicos. O objetivo da proposta é promover a integração multi-institucional e transdisciplinar necessária ao estudo de organismos incógnitos associados à floresta de várzea e manejo de açaizais e oleaginosas em comunidades tradicionais e áreas protegidas na Amazônia oriental. Serão elaboradas publicações de referência, como guias de identificação, e os espécimes serão catalogados em acervos de coleções biológicas e herbários locais (UEAP e IEPA). Espera se também subsídios às aplicações técnicas para fortalecimento da bioeconomia inclusiva, meliponicultora, produção e autoconsumo de açaí e dos óleos, além de contribuições para gestão dos territórios e às políticas de conservação da sociobiodiversidade amazônica.
Financiamento/ Parceiros
-
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
-
Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (FAPEAP)
-
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA)
-
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)
-
Centro de Pesquisa Agroflorestal do Amapá (Embrapa/CPAF)
-
Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)
-
Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia (Embrapa/CNPAB)
-
Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental (Embrapa/CPAT)
-
Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro (IP/JBRJ)
-
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
-
Universidade do Estado do Amapá (UEAP)
-
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
-
Associação dos Agroextrativistas da Ilha das Cinzas (ATAIC)
-
Inova Manejo (IM)